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25 de agosto de 2020

Fotógrafo Roger Silva ganha concurso promovido pelo “EL PAÍS”

A série de autorretratos Banzo, produzida na periferia de Maceió, ocupou o primeiro lugar da microbolsa “EL PAÍS” e Artisan.  As fotos falam sobre as dores e angústias da população negra em tempos de isolamento social

Historiador, professor de História e fotógrafo por amor e prazer de registrar fragmentos da vida cotidiana, Roger Silva, hoje aos 40 anos, começou a aflorar. Seu encanto pela fotografia surgiu ainda na infância, quando aos 12 anos visitou uma loja de revelação no Centro de Maceió acompanhado de seu pai, que trabalhava como padeiro na cidade. A fotografia de Roger Silva carrega consigo um olhar para as minorias, as imagens que ele produz são reflexos do seu interior e das suas vivências.

Natural de Barreiros, município de Pernambuco, mas radicado em Alagoas desde os 15 anos, atualmente residindo no Eustáquio Gomes, o fotógrafo foi destaque na edição brasileira do renomado jornal espanhol “EL PAÍS” no último domingo (23/08), eleito como vencedor da microbolsa de fotojornalismo “A Covid-19 nas Periferias do Brasil”, oferecida pelo veículo em parceria com a editora de livros de fotografia Artisan Raw Books, apoiado pelo Favela em Pauta.

O concurso era destinado a fotógrafos independentes com ensaios que retratassem a vida cotidiana da periferia durante a pandemia do novo coronavírus.  O trabalho premiado foi a série de autorretratos Banzo, que se sobrepôs aos 135 inscritos de todo país, a obra tem como narrativa as dores e angústias da população negra periférica em tempos de isolamento social. A conquista é um marco que dá ênfase ao seu talento e dedicação. Roger começou a trabalhar aos 10 anos, ainda no interior de Pernambuco para ajudar sua família e em 2002 com a morte de seu pai assumiu a função de provedor dos irmãos ao lado de sua mãe.

A fotografia ganhou ainda mais significado e profundidade dos sentidos quando ele ingressou em 2013 no curso de História na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Paralelo as aulas em escolas privadas e trabalhos como adesivador Roger produz seus projetos fotográficos e são com eles que se realiza. O cenário pandêmico rendeu três séries: Casulo, Metamorfose e Banzo, sendo o último responsável pelo prêmio: “Banzo é um manifesto imagético sobre nossas dores e lutas por sobrevivência”, pontua. O nome do trabalho, Banzo, significa “afetado por tristeza; que revela abatimento”. “É uma expressão usada pelos africanos escravizados no Brasil, que diziam estar banzos quando tinham tristeza ou saudades da sua terra”, explica o autor.

As máscaras usadas no ensaio, segundo Silva, são alegorias dos medos, angustias e dores da população negra que vive nas áreas mais carentes durante a pandemia. “Estamos isolados na quarentena, mas isso também é uma questão histórica. Somos banzos desde muito tempo. A pandemia só aprofundou isso”, reforça. Roger Silva tem como traço da sua fotografia o preto e branco, mas suas imagens vão além da ausência de cores, cada click reflete sobre a realidade que ultrapassa a forma.

Serviço:

O portfólio do artista, seus projetos e ações estão disponíveis em seu Instagram @rogersilvafotos. Na rede social também estão os contatos para agendamentos de ensaios e compras das fotografias.

Link da públicação no EL PAÍS.

26 de novembro de 2017

Estética clean dominando o street style

Sou apaixonado por fotos de street style, são sempre muito inspiradoras e aqui entre nós é uma excelente forma de absorver as tendências já de forma usual. Acabo me projetando muito nos looks, e retirando das imagens boas ideias de tendências, peças chaves e truques de styling. Nesses meus garimpos de imagens percebi que produções numa estética mais clean dominaram no verão europeu e sem dúvidas já está fazendo a cabeça de muitos brazucas.

Como aqui em Maceió está fazendo muito calor, usar cores claras é uma opção maravilhosa. Então, fiz minha interpretação dessa trend com peças leves e sem dúvidas vou explorar bastante essa pegada no Alto Verão 2018. No meu look apostei em uma long de tom empoeirado com detalhe em print étnico da Riachuelo, a calça é uma antiguinha da Colcci, sapato Overend e o óculos que estou apaixonado é Êxodo, que inclusive além de vender pelo site www.oculosexodo.com.br agora tem loja física que fica na Galeria Maceió Fashion Center (logo após o Maceió Shopping), vale a visita.

As fotos são do sempre maravilhoso Woulthamberg Rodrigues (@woulthamberg), que após temporada no RJ está mais incrível ainda. Aos interessados em agendar ensaios pessoais ou para suas empresas entrem em contato pelo direct. Um profissional incrível!

Espero que tenham gostado dessa trend e do meu look. Forte abraço turma!

19 de novembro de 2017

Sim. É coisa de preto!

Em pleno século XXI ainda há muitas barreiras a serem enfrentadas pelo simples fato da cor da pele, pois é, chega a ser triste ver preconceito e intolerância racial de forma descarada diante do patamar de mundo evoluído que nós estamos, o formato da colonização brasileira deixou marcas que ainda perpetuam. Mas, esse não é um discurso de minoria, não me sinto menor por ser negro, não me vitimizo por ter mais melanina. “Até que a cor da pele de um homem não tenha maior significado que a cor dos seus olhos haverá a guerra”, vale o pensamento de Bob Marley. Vamos seguindo com muita alegria, positividade e trabalhando, se impondo e emanando boas energias para momentos de igualdade!

Expo idealizada pelo Maceió 40 Graus enaltecendo a beleza negra 

Esse assunto virou pauta para o blog em virtude da efervescência da data 20 de novembro, em que se celebra o Dia da Consciência Negra. Fui convidado para integrar a exposição “É coisa de preto”, idealizada pela equipe do Maceió 40 graus, comandado pelos proprietários Roberta Arruda e Marcelo Xereta. O sempre querido fotógrafo Flávio Cansanção me fez o convite e posei para as lentes do Jakson Kenedy, que rendeu um resultado incrível. A maquiagem artística foi assinada pela Contém 1 g Maceió, no styling apostei nos acessórios com perfume étnico da marca Gabriela Fantin. A exposição está instalada na Leroy Merlin da minha cidade.

Foi uma experiência incrível participar desse projeto repleto de muito empoderamento e representatividade

O nome da exposição é uma sátira ao comentário do jornalista William Waack, onde o  apresentador do Jornal Globo direcionou uma frase racista: “Tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar, porque eu sei quem é… é preto. É coisa de preto”, essa gravação causou muita revolta na internet. Esse caso tomou proporções gigantescas, no entanto, acontece a todo instante, inclusive aos nossos olhos. Na torcida por mais respeito e igualdade.

Quem for de Maceió vale prestigiar a exposição. Está muito linda. espero que tenham gostado, forte abraço!

21 de outubro de 2017

Conversando sobre fotografia com Woulthamberg Rodrigues

Meus Instablog @_wilsonsmith tomou forma pelas lentes e sensibilidade do Woulthamberg Rodrigues, pois é, as primeiras fotos profissionais pensadas para compartilhar com vocês foram feitas por ele em janeiro de 2016, mas o conheço desde 2014. Retrospectiva a parte, não tive outro nome em mente para ser o primeiro entrevistado aqui no blog. Além de ser um talento indiscutível, do qual tenho acompanhado a evolução profissional, Berg tem se destacado no segmento fotográfico em Alagoas.

Editorial com a bailarina Natalia Cecilia (@nataliacecilia)

Aos 29 anos, Woulthamberg Rodrigues acumula 08 anos de experiência profissional, começou registrando shows e hoje tem uma expertise na fotografia de moda/street style sendo referência no estado. Suas fotos já foram publicadas em veículos de grande circulação e ele já ministrou aulas para os alunos de Produção de Moda da Escola Técnica de Artes (ETA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), atua dando monitorias e fotografando para marcas, principais bloggers e formadores de opinião da cidade. De fato, tem uma ampla bagagem e possui uma inquietude criativa que o faz ir mais longe a cada trabalho.

Ensaio para o disco Grande Angular da Cantora Elisa Lemos (@lemoselisa)

Conversamos sobre a relação com a fotografia e carreira, para que vocês possam conhecer um pouco dessa mente em constante efervescência da qual sou fã declarado. Confiram:

Berg em ação, fazendo o que ama! Foto: @gustavocosta.foto

Como foi que a fotografia entrou na sua vida?

Foi através do meu primo em 1996, me deparei com dois livros de fotografia na casa dele, um do Sebastião Salgado e o outro do Kevin Carter, ele me contou quem eram e eu fiquei fascinado e disse que queria ser fotógrafo. Meu primo me deu uma polaroid que ele tinha ganhado aos 13 anos da minha mãe, período em que nasci, foi nesse contexto.

Quem são suas principais referências e inspirações na fotografia?

Admiro muito Sebastião Salgado, Kevin Carter, Mario Testino, Jr Duran, Cartier Bresson, e dessa galera nova gosto do trabalho do Fernando Schlaepfer e Raul Aragão.

Há quanto tempo você trabalha com fotografia?

Comecei a trabalhar profissionalmente desde 2009 e especificamente com moda em 2012.

Quais as principais mudanças que você percebe desde que começou a fotografar até agora?

As ferramentas para o tratamento de imagem melhoraram bastante. E hoje em dia faço menos clicks para atingir o que quero, por exemplo, antes fazia 1000 fotos para consegui 100 e hoje faço 400 para conseguir essas 100, percebo um amadurecimento na parte de planejamento/produção, faço mais esforços no trabalho de planejamento para uma execução eficiente.

Vivemos um momento em que todo mundo é obcecado pela imagem, muito em função do avanço das mídias digitais, a fotografia contribuiu para moldar isso. Como você enxerga que a fotografia muda o cotidiano das pessoas e como você acha bacana fazer uso dela?

Acaba deixando as pessoas um pouco mais vaidosas, hoje em dia a tecnologia chegou deixando tudo mais fácil, seja para ter acesso a uma câmera ou celular. Gosto mesmo de usar para produções mais elaborada, mais bem pensada, de registrar com um olhar diferente.

Com o avanço da tecnologia os celulares estão cada vez mais potentes, hoje todo mundo se sente um pouco fotógrafo. Como você enxerga o papel do fotógrafo em meio a essa evolução?

Está perdendo a alma da coisa, pensar na luz e na composição. Então, quem gosta da profissão tem que ter um diferencial, se reinventar. E hoje os fotógrafos que se destacam são aqueles que editam bem, que sabem ajustar, corrigir, mudar as cores.

O que você considera o seu maior diferencial?

É o modo como lido com as fotos durante a produção, tento deixar o clima o mais leve possível. Não tenho um método de direção de modelos, vou guiando/orientando conforme o que o modelo me entrega e claro dependendo do ensaio vou coordenando de modo a contar a história planejada.

Quais os principais desafios enfrentados pelos fotógrafos no mercado alagoano?

Banalização da profissão sem dúvidas, hoje em dia é muito fácil você comprar uma câmera, fazer um curso de Photoshop e através disso você conseguir trabalhos. Mas, o que pesa é que há pessoas que baixam muito o preço dos serviços, o que acaba prejudicando os outros profissionais.

O que mais te atrai fotografar? Existe algum fator que faz a foto ser boa ou ruim?

O que mais me atrai fotografar é uma pergunta difícil, mas gosto do desafio, da sensação “será que eu consigo?”. Quanto ao fator, acho que não existe, é o conjunto, tem que harmonizar a luz, roupas, modelo, a produção no geral, é esse todo que faz a foto ser boa. E fotografia varia muito do gosto de cada um.

E o que você prospecta para sua carreira?

Ser reconhecido pelo meu trabalho, que as pessoas me identifiquem pela minha fotografia.

Diante de tudo isso, que mensagem você deixa para quem está iniciando nesse segmento?

Não pensar que equipamento é tudo, no início passei muito tempo pensando assim, quando na verdade as melhores fotos que fiz foram usando coisas básicas e improvisando outras, você tem que usar da criatividade e não copiar fotos, viu uma imagem, achou legal, usa como referência, dando sua interpretação para ter identidade.

Editorial da coleção Sweet Dreams by Gabriela Fantin (@gabrielafantinacessorios)

Se você gostou do trabalho, acompanhe mais no Instagram @woulthamberg, marque seu ensaio ou da sua empresa pelo direct. E tem novidade, ele acabou de lançar uma série de suas fotografias em versões de quadros, para arrematar faça contato pelo IG.

Aos interessados entrem em contato pelo Instagram @woulthamberg

Espero que tenham gostado. Forte abraço gente!

12 de outubro de 2017

Styling com pegada esportiva e urbana!

Produção de Moda e Styling sempre foram paixões muito latentes na minha vida, acho fascinante poder criar estéticas das mais diversas, seja através dos meus looks ou elaborando composições para outras pessoas. Desde que comecei a atuar no mercado editorial tive a oportunidade de fazer trabalhos variados e agora, com o blog, vou poder compartilhar com vocês essa minha faceta.

Hoje trago um ensaio muito especial registrado pelas lentes do brilhante Woulthamberg Rodrigues (@woulthamberg) e a modelo foi a linda Állya (@zou.bisou.bisou), que também foi assistente de produção garimpando as peças para o shooting. A proposta inicial foi trabalhar uma pegada mais esportiva dos anos 70, no entanto, como nesse job não tínhamos amarras comerciais e não precisávamos ficar preso ao briefing os looks foram se moldando de forma a criar imagens com um leve perfume da década, mas carregados de um ar contemporâneo.

Sou suspeito para falar, mas o ensaio ficou lindo e espero que inspire vocês! Para ficar mais didático vou listar alguns elementos que foram incorporados ao styling – que tem uma pegada mais artística – mas as trends podem facilmente migrar para sua wishlist nessa temporada, veja:

E aí, gostaram?! Tem uma sugestão de tema que querem ver em editorial por aqui, deixa nos comentários, me envia por direct no meu Instagram @_wilsonsmith ou no e-mail smithwilson.com.br. Vou ficar atento as sugestões e me empenhar para trazer mais propostas de produções para vocês. Forte abraço gente!