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25 de julho de 2020

COLUNA #98 LIFE STYLE – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

Interview Fashion:

Vantuir Gomes, diretor criativo da Alavantu, conta tudo sobre sua moda autoral.

Fotos: Roger Silva

Nossa coluna bateu um papo com o criador Vantuir Gomes que paralelo ao seu trabalho com grandes marcas nacionais tem desenvolvido peças cheias de DNA e brasilidade em sua brand Alavantu. A moda sempre margeou todo o seu lar e a expertise da família pode ser vista em suas roupas. A marca é conhecida pelos emblemáticos conjuntos estampados e a mais recente coleção, batizada de Fênix, está repleta de sugestões incríveis. Um projeto que os fashionistas devem ficar de olho!

Como foi que a moda e o universo da criação entrou na sua vida?

Sou de uma família de costureiros, a matriarca é costureira desde seus 15 anos, e aos 60 continua ativa em seu ofício. O DNA criativo está no sangue. Meu amor por moda vem desde a versão original da novela Ti-ti-ti, achava deslumbrante dois homens disputados por suas clientes. Criar é minha maior motivação.

Há quanto tempo e como se deu a criação da Alavantu?

A Alavantu surgiu no final de 2016 fruto do entusiasmo de trazer um novo olhar sobre a moda masculina. O nome tem vários significados, vem do francês Alavantu: En Avant, Tout quer dizer: Todos vão pra frente. Foi o abrasileiramento das expressões usadas em folguedos de origem francesa praticadas em festas nordestinas. Outra versão que afirmou a escolha é Ala de Alagoas, minha terra natal, com a junção do meu nome Vantuir.

O que você quer levar para o público através das suas criações?

Um olhar que você pode e deve vestir de tudo sem estereótipos, padrões ou limitações. Uma moda “no gender” que é feita para ser usada por diversos públicos.

Quais os diferencias da marca?

Sem dúvidas, está na escolhas das estamparias, acredito na visão dos prints com uma identidade contemporânea sempre, na qualidade dos tecidos e texturas.

Quais são suas principais referências?

Amo a visão limpa e sustentável da Osklen e o design criativo de João Pimenta.

Qual sua maior fonte de inspiração?

Tenho como base o nosso Brasil e sua diversidade cultural, o folclore, além das belezas naturais, a fauna e a flora que são tão ricas. A escolha da cartela de cores varia de acordo com a estação, a marca está sempre em sintonia com as tendências da temporada.

Qual o diferencial da sua coleção mais recente?

A Coleção Fênix tem como aposta os tecidos que não amassam! O crepe musson tem uma leveza e um frescor que não precisa do calor do ferro. O crepe casca de melão e a seda também trazem esse mesmo efeito, são ótimos para a economia de energia e uma excelente sugestão para incluir em malas de viagem.

O que podemos esperar para coleção de Verão’21?

Quero buscar elementos naturais, tons neutros, tecidos rústicos, mas com leveza como o linho, laise e algodão orgânico. Aguardem as novidades, tudo será lançado no Instagram da marca @_alavantu.

Nossa coluna vai continuar acompanhando o trabalho desse criador nato, desejamos vida longa para Alavantu!

4 de fevereiro de 2019

COLUNA #23 LIFE STYLE – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

Além das inúmeras belezas naturais, Alagoas é um estado muito rico culturalmente e também no âmbito artístico. Nossa coluna apresenta um especial com cinco marcas da terra, dotadas de muito potencial criativo e DNA marcante. Evidenciando os talentos caetés que tem aquecido o cenário da moda local e propagado a expertise dessa nova safra de designers.

AUGUSTO CHRISTOFF

Liberdade. Essa é a principal definição da branding Augusto Christoff, focada na moda agênera. Nascida em Julho de 2017, a marca prega pelo direito de todo mundo usar o que quiser, sendo feliz do jeito que é. Texturas, shapes confort, vanguarda e inovação, Augusto sempre fala que a moda é comunicação e sempre conta uma história nas suas roupas. Cursou Design de Moda na UFPE e sempre tendo forte influência na comunidade LGBTQ+, teve suas peças usadas por artistas como Lia Clark, Kaya Conke, Dany Bond e Pabllo Vittar.

Foto: Tomaz Japiassú | Instagram: @augustochristoff

MARINHEIRO SOUL

Com espírito tropical-brasileira-livre, a marca Marinheiro Soul, que tem Fernando Marinheiro como Designer, propõe um olhar autêntico para o genderless wear, e segue navegando em um mar de estética criativa, produzindo peças contemporâneas para todos que tem seu espírito livre, leve e solto. O Brasil com sua mistura de raças e crenças, nos proporciona amar, viver, sonhar, e assim também é a Marinheiro Soul, com suas peças que desejam bem-estar que se traduz em conforto e causalidade. Para todos que tem alma livre, não importa o estilo.

Foto: Marcos Ferreira | Instagram: @marineirosoul

COLABORATIVO FAWKES LAB

O Fawkes Lab traz consigo a missão de mostrar por meio de experimentação, composição e até mesmo desconstrução, o quanto a moda representa, dá voz e significado para quem realmente somos. O lab de moda, tem o intuito de reunir e valorizar marcas, sempre no conceito colaborativo. A Fawkes Label, marca própria do projeto colaborativo, segue a proposta de um refinado conceito em notas de autenticidade. Um olhar soturno sob peças selecionadas para um público exclusivo e sintonizado com produtos de qualidade que exalam singularidade.

Foto: Rodrigo Britto | Colagem: Livre colagem | Instagram: @fawkeslab

ESTAMPA POP

Estampa Pop é a marca autoral criada e administrada pelo artista alagoano Gustavo Boroni. A estética trabalhada nas peças propõe um verdadeiro caleidoscópio de cores e conceito artístico. Boroni mergulhou no mundo das artes por meio da pintura, das telas e pincéis, logo após foi para fotografia, e sua inquietude criativa o levou para o desejo de materializar suas aptidões artística em roupas. Pelos caminhos do design têxtil ele mostra um DNA marcante e expressivo com essa junção das artes visuais (fotografia, pintura e desenho). A marca propõe um visual pop e cool em estampas exclusivas para o público que ama ser diferente.

Foto: Gustavo Boroni | Instagram: @estampapop

DUBIEZ

Com apenas um ano de vida, a Dubiez agregou muito ao segmento de moda praia alagoano, a marca surgiu a partir da vontade que o Designer Teo Limões tinha de encontrar sungas cavadas que lhe agradassem desde o molde à estampa e da peça parecer ser bem mais cara do que realmente é. A criação das estampas também é do próprio designer, todas fruto de pesquisas que trançam o que estava, o que é e o que vai estar em alta. Com uma modelagem impecável, as criações fazem uma honrosa releitura das speedos de 1969 de uma forma que permanecessem sendo vistas de uma maneira moderna e mostrassem a sensualidade do brasileiro nas doses certas.

Foto: Gustavo Costa | Instagram: @adubiez

Desejamos muito sucesso para todos os criadores!

30 de março de 2018

Bate-papo com Fernando Marinheiro (criação e conteúdo de moda)

Desde o primeiro contato com Fernando Marinheiro já senti uma empatia muito forte, na época em que nos conhecemos estava como Jornalista e Produtor da Semana de Moda Alagoana Alagoas Trend House’15. Marinheiro é uma daquelas pessoas de sorriso largo que te cativa de cara. Nessa época ele participou de uma ação de novos criadores e desde então comecei a acompanhar seu trabalho, que segue em uma evolução incrível!

Foto: Dudu Lyra (@dlyra_) e os modelos são @renxta e @remoreira__ | Fotos  @woulthamberg  e modelos são @henrique.hora e @maiconguizelini_

Esse ano lançamos um editorial muito especial juntos, em um formato bastante inovador, como tudo que ele propõe fazer, um “Feat Blogger” para sua marca Marinheiro Soul (@marinheirosoul), que tive o prazer de fazer ao lado da amiga blogger Gabrielly Farias (@gabriellyfarias). Na ocasião usamos duas peças dando nossa interpretação no styling. Sou apaixonado por esse job, que foi captado pelas lentes do Marcos Ferreira (@marocsferreira).

Sem mais delongas, o Blog do Wil dá voz a esse exímio criador/produtor de moda. Confiram essa entrevista e entendam o tamanho da minha admiração por ele!

Fernando Marinheiro é dono de uma identidade muito marcante, assim como suas criações

Há quanto tempo e como surgiu a Marinheiro Soul?

A mais ou menos um ano. A ideia da marca já tem bem mais tempo que sua criação, é um sonho antigo que venho alimentando conforme venho aumentando meu conhecimento sobre o assunto. Devo dizer que ter a oportunidade de cursar Produção de Moda na ETA/UFAL me fez ter a base e a coragem que precisava para tirar essa ideia/sonho do papel.

Quais as experiências mais marcantes na sua trajetória, desde que começou a trabalhar com moda?

O reconhecimento. Sentir que somos capazes é algo muda sua perspectiva, ouvir de alguém na qual você respeita e admira que seu trabalho é bacana e que você está indo pelo caminho certo, é algo sem sombra de dúvida muito gratificante. Todos temos sonhos, lutamos por eles, e perceber que nada daquilo que imaginamos não é bobagem e sim algo possível, é um combustível para seguir em frente.

No seu processo criativo, quais são as suas principais referências?

O ser tropical nos dá a liberdade de sermos múltiplos, e assim poder explorar toda a grandeza que nos rodeia. Eu sou um ser multissensorial, no prazer de ver um bom filme, ouvir uma boa música, ler um bom livro e até ir à praia ou qualquer outro lugar que me agrade, vejo a oportunidade de perceber o mundo ao meu redor.

A moda não é algo apenas visual, ela traz consigo uma funcionalidade que vai além da estética, seja para te proteger do frio ou te ajudar a carregar seus pertences. As peças da marca são pensadas por esse viés, buscando perceber as necessidades que as nossas peças possam suprir.

Existem nomes que admiro, pessoas e marcas que me cativam tanto pela sua estética quanto por sua identidade visual. Nomes como Oskar Metsavaht, Ronaldo Fraga, Lagerfeld, Andrea Marques, a galera da AHLMA.CC, ISSEY MIYAKE e Paul Smith fazem parte desse grupo na qual me espelho.

Qual a importância da formação acadêmica para uma pessoa que deseja trabalhar com moda?

O conhecimento nunca vai ser demais para quem trabalha com moda. Uma vez que a moda está em constate movimento, moda é algo mutável. A Formação academia nos dá a base, conteúdo para que entendamos o todo, o conceito geral da arte de fazer moda, para que assim nos conheçamos e possamos trilhar nosso próprio caminho.

Como você classifica a estética das peças que levam a sua assinatura?

Com um espirito tropical-brasileiro-livre, mas é claro que ela vai muito além disso. São peças pensadas para quem busca estilo, mas sem abrir mão do conforto. Busco sempre estar em contato com o cliente, que me dá a oportunidade de descobrir onde posso chegar, que materiais posso utilizar e se posso arriscar mais na modelagem e/ou estampas, etc.

Qual público alvo das suas criações?

Posso dizer que pessoas que se sintam livres para descobrir a si mesmas…. Não vejo limites para faixa etária ou sexo, o espirito do brasileiro dá o tom do meu público. O Brasil com seu espirito livre, com uma mistura de várias raças e crenças, assim também é feita a Marinheiro Soul, criada para todos e todas que tem alma livre, não importando seu estilo.

Em épocas de um consumo tão acelerado, como você vê a questão da identidade visual?

Criar uma identidade visual é algo muito pessoal, e isso é o segredo para o sucesso de uma marca. Seu consumidor quer se identificar com a mensagem passada na sua moda. O cliente quer acima de tudo ele quer se expressar, se sentir único, mas do jeito dele. A identidade visual deve ser algo sincero, por é através dela que você vai poder passar a mensagem que está buscando discriminar.

Como você enxerga o trabalho dos bloggers nessa questão de propagar a marca?

É de suma importância haver parcerias entre criadores é comunicadores, ainda mais com bloggers, pois são eles que nos ajudam a fazer com que nossas peças sejam vistas como algo possível de ser consumido. São os bloggers, com seu conhecimento no assunto, que mostram que tudo na moda é possível e que certo tipo de peça pode sim ser usável, por mais conceitual que ela possa ser.

Quais os principais desafios enfrentados no mercado de moda em Alagoas?

Superar o apelo comercial na qual as peças têm que ter para poderem ser comercializadas. Conceito não é bem aceito na sociedade alagoana, não por todos. Se você não tem uma clientela fiel fica difícil se estabelecer no mercado.

Porém vejo a maré mudando quando o assunto é espaço para ser mostrado o nosso trabalho. Oportunidades de estar em feirinhas itinerantes é algo que me anima, pois assim podemos cativar novos clientes, nos mostrar para o mercado.

Que mensagem você deixa para quem está querendo trabalhar na área?

Não é fácil… Mas também, quem disse que o quem fácil tem seu valor? Na moda não é diferente, pois o que vai ser crucial na sua jornada é o amor que você por ela. Esse amor vai te levar longe e fazer com que você queria adquirir conhecimento, entender mais e mais sobre o assunto. Uma boa qualificação, pode junto com esse amor, te levar longe. O conhecimento é algo crucial, uma vez que a moda é algo em constante movimento.

Espero que tenham gostado e aguardem o próximo entrevistado!