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4 de dezembro de 2020

REPRESENTATIVIDADE IMPORTA! Companha de Natal do Boticário traz enredo com protagonismo preto

Se ver representado (bem representado) na mídia e no entretenimento é empoderador, pois traz ênfase para a nossa existência, amplia nossas noções do que podemos ser e fazer, e desafia aquela implicação latente de que temos menos importância. Sim, o povo preto pode estar em qualquer lugar. A representatividade na mídia é mais um meio de dar espaço e voz para os grupos que não conseguem se fazer ouvir na vida real, ou mesmo que são fortemente incompreendidas e hostilizadas. A mídia é um ambiente que devemos ocupar, para que nossas vozes alcancem “a maioria” e possamos evoluir enquanto sociedade.

Hoje compartilho com vocês a campanha do Boticário, que lança olhos sobre o protagonismo preto, que essa iniciativa se perpetue cada vez mais.




Sobre o enredo: 

É década de 80. E como toda criança, o protagonista do novo filme que o Boticário apresentou, dia 20 – Dia da Consciência Negra –, também adora o Natal. Observador, o menino registra na memória as diversas imagens temáticas, incluindo os festejos em sua própria casa, e todas remetem a um mesmo padrão estético para o Papai Noel. “Com tanto Papai Noel no mundo, por que nenhum era como eu?”, questiona o garoto. Corta para 2020 e tudo o que ele desejou e acreditou ser possível lá atrás fez a diferença. Agora, ele é não apenas o protagonista do comercial, mas desta festa que compartilha e comemora o amor entre as pessoas: um Papai Noel negro.

O Boticário é uma marca que consumo e que tenho muitas memórias afetivas ligadas aos seus produtos/experiências. Mas, sem dúvidas essa me marcou muito. O comercial traz a história que compõe uma série de iniciativas preparadas pelo Boticário para celebrar o Natal de 2020.

Em uma sociedade tão desigual e excludente como a que vivemos, a mídia pode ser o maior veículo de aproximação de grupos diferentes entre si. Nesse sentido, a representatividade no cinema e na televisão exercita a nossa empatia ao fazer com que nos coloquemos no lugar de pessoas que têm experiências diferentes das nossas próprias. Sim, representatividade importa!

 

6 de junho de 2020

COLUNA #91 LIFE STYLE – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

Uma edição importante e necessária, vale conferir!

Moda com essência

Conversamos com Tenka Dara, Diretora Criativa da Baobá-Brasil, marca pioneira da moda afro-brasileira

Ampliar conhecimentos é sem dúvidas a melhor forma de se despir dos preconceitos e estabelecer uma nova amplitude de sentidos. A inquietude criativa de Tenka Dara, à frente da Baobá-Brasil, tem aberto novos caminhos para moda afro-brasileira. A marca está no mercado há 14 anos e é fruto de uma conexão da Diretora Criativa com Moçambique. O momento de efervescência nos debates sobre a cultura negra conectou o TUDO a essa talentosa Designer que desenvolve mais do que roupas, existe uma proposta de mundo e de estética em cada peça.

Filha de dois importantes militantes do movimento negro, Tanka Dara, hoje aos 40 anos, se formou em Artes Cênicas e Comunicação, mas encontrou na moda um dos seus principais instrumentos de luta e resistência. Ao visitar sua mãe no ano de 2005 que vive em Moçambique, ela ficou completamente encantada com os tecidos africanos e voltou para São Paulo com o desejo de produzir algo com tudo que tinha visto e vivenciado. E foi desse encontro que nasceu a marca. Ela trouxe diversas capulanas para o Brasil, esse tecido multifuncional estampado com padrões africanos norteou suas criações que trazem a proposta afro-urbana com uma identidade e modelagem muito brasileira.

Foto: Renata Duarte

Nesses 14 anos muitas coisas aconteceram, a jornalista paulista migrou para o Rio de Janeiro na intenção de desenvolver seus trabalhos com comunicação visual. Inicialmente a marca que era um projeto em anexo, e começou de forma despretensiosa pelo gosto da criadora em se vestir e do desejo de ter roupas que a representassem, não demorou muito para perceber que existia uma demanda no mercado. Muitas pessoas queriam vestir essa identidade e em pouco tempo o que era uma experiência com roupas se transformou em uma loja e um negócio.

Tanka Dara tem uma narrativa muito forte, e entre os muitos ensinamentos ela destaca a moda como um ato político: “Estética é política, quando assumimos uma identidade no vestir levamos para um mundo um discurso, que é extremamente importante, o que escolhemos como fala no que a gente veste interfere no mundo, porque a roupa fala! Se você escolhe uma roupa que te deixe igual a todo mundo, você fez uma opção, mas quando escolhe uma roupa que fala sobre você, sobre o que acredita, sobre a sua identidade, a sua origem, a sua alma, você afirma para o mundo essa identidade e leva a possibilidade de viver essa pluralidade”, nos contou durante a entrevista.

A moda tem um papel extremamente importante na mudança e na construção do mundo, precisamos estar atentos ao que vestimos, ao que escolhemos comprar, e a criadora reforça a importância de consumir de pessoas e projetos que queremos verdadeiramente apoiar.

O mercado ainda é fechado para moda afro, é um segmento a parte da moda brasileira. “Não sei se tenho interesse real em fazer parte da moda brasileira, mas sim de interferir no que é a moda brasileira e isso é um grande desafio porque as nossas vozes ainda são apagadas, a nossa estética é vista como algo folclórico, como algo secundário”. No entanto é preciso mais do que nunca ter clareza que a identidade brasileira é determinada pela presença negra. Apoiar projetos como a Baobá-Brasil é desconstruir esse cenário tão eurocentrado e branco que temos na moda atualmente.

Em nossa coluna LIFESTYLE sempre queremos abordar a moda sob as perspectivas amplas, que englobem política, economia e questões sociais. Para uma melhor compreensão das temáticas. Diante do cenário acalourado sobre o racismo que estamos enfrentando convidamos o Historiador e Fotografo alagoano Roger Silva para lançar olhos sobre a imagem do negro no meio midiático. Confira:

“Historicamente a imagem de pessoas negras foram alvos de produção e reprodução, que em sua maioria não representavam de fato o ser negro. Em meados do século XIX, por exemplo, essas imagens foram convertidas em cartões de visitas, ganharam o mundo como itens de colecionadores, vendidas como souvenirs.

Uma espécie de simbologia imagética do poder da “civilização” do colonizador branco europeu. Passaram-se mais de um século pós-abolição da escravização e infelizmente, ainda não temos um protagonismo negro nos meios da comunicação visual, exceto com alguns casos isolados, como o da modelo britânica, Naomi Campbell por exemplo.

Ainda seguimos uma reta que preza pelo ideário da beleza greco-romana, referência adotada pela Europa colonizadora. É necessário compreender que a curva que essa reta está dando há alguns anos na área da produção da moda, se estenda, e nos traga no mínimo uma equiparação justa em relação aos rostos brancos que estampam esse mundo imagético da indústria da moda e de outros seguimentos que trabalham com a imagem técnica como ferramenta de propaganda e marketing.

Como isso pode se tornar uma realidade? Começando a reconhecer que esses rostos e corpos negros são tão humanos e necessários quanto os que dominam o cenário atual. Nesse sentido comecemos a valorizar de verdade a cultura negra, entendendo que ela não só faz parte de nós, como também pode e será uma imagem que gerará não só a autoestima do ser negro.

Ela fomentará renda para todos os envolvidos de maneira mais equilibrada e justa. Dando não só visibilidade a esses agentes, mas reconhecendo que esses corpos são tão lindos e necessários quanto os demais. E sem dúvidas são! Gerando assim uma oportunidade dessa imagem ser produzida e disseminada de uma forma que todos se vejam representados de uma maneira mais honesta e real.”

Nossa coluna acredita e torce por mudanças!

Instagram: @rogersilvafotos

10 de agosto de 2019

Look all black da loja Axion

Quem me acompanha sabe que sou completamente apaixonado por produções all black, elas garantem aquele toque de empoderamento instantâneo, são super descomplicadas e rendem um efeito cool ao styling. Abaixo deixo alguns IG’s que me inspiram!

A loja Axion (@_axion) sempre em sintonia com as últimas tendências faz uma curadoria de peças fantásticas. Não perdi tempo e já montei looks lindos, e vou compartilhar o primeiro deles com vocês. Nessa produção apostei no “pretinho nada básico”. A modelagem e qualidade das roupas são impecáveis, as peças tem uma ar moderno e dialogam entre si. O resultado foi essa produção visualmente simples, mas cheia de informação de moda. Espero que gostem!

Ficha técnica

Fotos: @woulthamberg

Óculos: @oculosexodo

Look: @_axion

Acessórios: @requintejoias_

Sapato e bolsa: Acervo pessoal

Serviço:

Axion está em novo endereço, agora em frente à Caixa Econômica na Rua Cincinato Pinto, – Centro. Fone: 082 3026 6250

8 de novembro de 2017

Damyller aposta no grafismo para o verão’18

Quem me acompanha no Instagram @_wilsonsmith sabe que sou fã de uma certela de cores mais sóbria, e quando vem no combo P&B então, é amor declarado. Achei incrível a nova linha da Damyller, que aposta em prints com a repetição de padrões simples e abstratos, com diagonais e linhas gráficas, essa trend é super cool e gera um mood futurista, sem dúvidas o geométrico contemporâneo já é hit.

Estou apaixonado por esses modelos! Foto: @woulthamberg | Arte: @alagoas_fashion

Em preto e branco, as linhas estampam diversos shapes da marca. E para quem busca uma composição descontraída, a dica é combinar com os jeans da coleção, criando uma composição moderna e atemporal. Na arte acima tem uma sugestão de look com essa pegada. Espero que tenham gostado. Forte abraço!