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“The C” da Charth: Vinho, Brilho e Sofisticação Marcam a Nova Coleção
24 de junho de 2022

FILÉ EM STYLING COSMOPOLITA

Por decisão unânime do Conselho Estadual de Cultura, o Filé se tornou Patrimônio Imaterial de Alagoas em março de 2014. O Filé é passado como herança entre a maioria dos residentes do histórico bairro do Pontal. De mão e mão os produtos, que chamam a atenção de quem passa pelas ruas, ajudam a complementar a renda da maioria dos artesãos da região. 

A designer Petrúcia Lopes é um dos nomes de grande expressividade no Estado por trabalhar o bordado filé com um olhar super contemporâneo, sempre inovando em modelagens e composições de cores, para imprimir informação de moda em cada criação que leva sua assinatura. 

O editorial, aqui apresentado, foi desenvolvido por alunos da Escola Técnica de Artes (UFAL) e teve como objetivo mostrar como as peças feitas com filé podem ser aplicadas de formas além das de costume, onde geralmente são relacionadas à estética litorânea. A proposta do ensaio se volta para quebrar esse paradigma através de uma apresentação de styling moderna e urbana, inserida no cotidiano. O filé pode e deve ser usado em múltiplas ocasiões. 

 

FICHA TÉCNICA

Produção: Carol Couto 

@_carolcouto_vercosa

Aux. Produção: Carol Mamede 

@carolinnemamede

Stylist: Milena Rayssa

@milenarayssal

Aux. Stylist: João Vitor

@jvitor1315

Peças em filé

@ateliepetrucialopes

Modelo:

@valeriacamerino1

Fotos:

@barbaraacioly

Parceiros:

@josycantarelli_conceptstore

@couro_estilo

@bartzenpremium

@manumake2022

18 de junho de 2022

COLUNA WIL STYLE #65 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

 

Não há uma data exata que marca o surgimento do xadrez mas, há indícios arqueológicos que mostram que a padronagem possa ter sido usada por celtas, antes mesmo de Cristo. No entanto, foram os escoceses que difundiram um dos mais clássicos tipos de xadrez, o Tartã, a partir do século VXII. Desde então, o xadrez ganhou novas cores e padrões, tornando-se um grande clássico da moda. No período junino o print, que atualmente pode transitar entre as temporadas, ganha destaque nos looks dos mais antenados. 

BURBUERRY

Criado e patenteado em 1924 pela grife francesa Burbuerry é um super clássico da moda. A marca de luxo britânica Burberry usa essa padronagem como parte do seu DNA, geralmente na cor camelo e listras vermelhas, marrons e preta.

VICHY

Leva esse nome por ter sido criado na cidade francesa homônima. É um ícone dos anos 1950 e 1960. Seu quadriculado é composto por duas cores, geralmente o branco sendo uma delas. É o xadrez das toalhas de piquenique, que surge repaginado, imortalizado pela famosa Brigitte Bardot. 

PRÍNCIPE DE GALES 

Comum no vestuário masculino e em peças de alfaiataria, esse padrão foi popularizado pelo Duque de Windsor e caracteriza-se por ser mais sutil, com o cruzamento de linhas finas pouco contrastantes com o fundo.  O Príncipe de Gales é sem dúvida um hit. 

GRID

Essa padronagem é moderna, gráfica e vem em formato de grade ou quadriculada, tem uma pegada mais fashionista e é ideal para quem não gosta de padrões. Ela é em sua maioria no P&B, variando entre o fundo branco  ou preto.

 

Coloral: marca afroalagoana, criações que carregam força e representatividade

Alagoas é um solo fétil para muitos talentos, e no campo da moda não é diferente. O Suplemento TUDO ZIK entrevistou Mara Carolina de Lima Galvão, que é um dos talentos expoentes do nosso Estado. Aos 37 anos, Mara é formada em Letras pela UFAL (2008) e mestra em literatura e interculturalidade pela UEPB (2012). Professora de língua portuguesa e literatura brasileira há mais de 10 anos, também desenvolveu atividades nas áreas de cultura brasileira e educação para as relações étnico-raciais. Atualmente é professora na rede pública estadual de Alagoas e integrante do Coletivo Afrocaeté.

A diretora criativa e designer, Mara Carolina de Lima Galvão, da marca Coloral

A alagoana tem desenvolvido um trabalho sensível, mas dotado de muita força, sob a perspectiva da moda afroalagoana, com sua marca Coloral, que tem roupas e acessórios imersos em uma áurea de representatividade e atitude. Confira o interview exclusivo! 

Que caminhos te levaram para trabalhar com o varejo de moda? 

Sempre costurei para mim. Com o tempo fui produzindo para amigos e familiares a pedidos. A necessidade de comercializar as roupas começou quando as demandas aumentaram. E também a possibilidade de fazer do negócio uma renda extra me motivou a criar a marca.

Como se deu a fundação da Coloral?

A Coloral surgiu do fato de fazer minhas próprias roupas. Sempre costurei, mas com o tempo fui vendo a necessidade de vestir roupas que me representassem melhor, enquanto mulher negra, nordestina e alagoana.

Como você define o DNA da sua marca? 

Coloral é uma marca afro alagoana que surgiu numa demanda pessoal e que acabei identificando como coletiva. É uma marca de Alagoas, que tem no nosso povo preto e nas nossas histórias muita inspiração e força. A marca busca valorizar nossas identidades através do vestir.

Sobre seu processo criativo, como funciona? O que te inspira?  

Música, comida, artes, dança, literatura… A inspiração vem de todo lugar do nosso Estado que tenha uma história para contar. Vem da minha família e das histórias que queremos contar para nós e que se cruzam com outras do povo preto daqui. Meu celular está cheio de referências e num bloco de notas guardo ideias, frases e inspirações. A partir daí, construo a imagem do que tenho como base. Também pesquiso sobre o que vem sendo discutido na moda, o que está em voga, o que pessoas que fazem e consomem moda também discutem. É importante criar algo que faça sentido para um grupo, não somente para mim.

O que você deseja transmitir através do seu fazer de moda? 

Acho que no momento ocupo um espaço numa parcela que vem trazendo para moda um olhar mais local. Contribuir para o fortalecimento da identidade afro em Alagoas é o que fortalece o trabalho da Coloral.

Quais os desafios de empreender na capital alagoana? 

São muitos. Temos muitas marcas, muita bagagem, criatividade, mas ainda há desafios quanto a matéria prima, mão de obra e indústria. Muito disso ainda vem de outros estados. Os processos aqui são muito caros, então a gente precisa pensar e repensar para não ter tanta dor de cabeça.

Como tem sido a inserção das estampas africanas no mercado alagoano?

No caso das capulanas e outros tecidos africanos, apesar de ser uma demanda que existe há um bom tempo, ainda temos dificuldades em encontrar pessoas que comercializam o produto. Mas, desde que comecei a trabalhar sempre teve procura. Também percebi um aumento no número de marcas que fazem uso. Quando pensamos em estamparia, e no processo de produção de estampas próprias, ainda vemos poucas criações. Aqui na Coloral estou estudando essa possibilidade.

Sua marca tem um viés de força e representatividade, como essas características são inseridas desde a concepção até a entrega aos consumidores?

As estampas africanas deram esse pontapé inicial. São tecidos muito representativos, um uso que aponta para esse orgulho em ser negra/negro, que reforça a relação com a cultura africana e também dialoga com as identidades locais através de cores e gravuras que remetem a religiosidade de matriz africana, por exemplo. Mas, não ficamos apenas nas estampas. No ano passado, nossa coleção junina teve como inspiração o coco de roda; dentre as peças, tivemos uma saia com babado que me pedem até hoje para produzir. Também aproveitamos para trazer receitas típicas desse período e dentre elas o amendoim com charque, um prato que tem suas origens na comida quilombola, que foi assinada pelo Daniel Toledo, chefe da Okan.  Somos uma marca de roupas e acessórios, mas entendo que a moda não está atrelada somente ao vestir. Na verdade, nos vestimos de muitas coisas para ser quem somos.

Tem alguma criação que gostaria de destacar?

No ano passado fiz os figurinos para o CD de membros do Coletivo Afrocaeté, e diferente de outros processos, foi uma construção coletiva pois procurei trabalhar interferindo minimamente na dinâmica do grupo. As roupas, as cores do tema, tudo foi pensado e discutido em conjunto. Digo isso porque é um espaço onde aprendi muito também, principalmente sobre cultura popular e a relação com o povo negro de Alagoas.

Quais os planos e objetivos para esse ano?

Em meio ao retorno mais intenso de atividades depois de um período confuso com a pandemia, tive a oportunidade de lançar uma coleção em parceria com a C&A e está sendo uma experiência incrível. Participei no ano passado de um edital, o Todes na Moda, cujo intuito era impulsionar empreendedores LGBTQIAP+ e foi um processo muito importante de  crescimento para Coloral. Pude refletir mais sobre a marca e o que desejo para esse trabalho. Esse ano fomos convidados para essa collab e levei o filé alagoano para essa coleção. Queria muito trabalhar com o filé, e vi nesse projeto a oportunidade. Então, é um fruto que ainda estamos colhendo, mas já estamos felizes com muito do que vem sendo construído. Ainda temos trabalho a mostrar então quem quiser conhecer nossos passos sugiro acompanhar nossas redes!

Para ter acesso aos produtos os interessados podem acessar o perfil da marca no Instagram @coloral___ ou por mensagem no WhatsApp (82) 999861667. Pelas redes é possível ver os produtos disponíveis e no WhatsApp também é disponibilizado o catálogo com as peças.

11 de junho de 2022

COLUNA WIL STYLE #64 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

PISANTE

A Olympikus, atuante desde 1975, vem construindo uma longa relação com o esporte brasileiro e o lifestyle, lança agora a família Corre. A nova família de tênis da Olympikus alia design, conforto, tecnologia e estilo. O Corre 2 foi criado integralmente por profissionais brasileiros, com tecnologia 100% desenvolvida no país. Reforçando ainda mais as raízes brasileiras, o novo design do solado foi inspirado nas curvas do leito do Rio São Francisco, ideia do atleta Wellington Cipó, um dos co-criadores.

SUSTENTÁVEL 

A Uma X, linha genderless e sustentável da Uma, lança hoje (01.06) seu novo drop de peças de denim em parceria com a Têxtil Vicunha. Chamada Hemp Denim, a coleção apresenta diversas peças feitas com uma mistura de Algodão Brasileiro Responsável (Algodão ABR) e cânhamo, considerado novidade na indústria brasileira. A coleção já está disponível nas lojas em São Paulo e Rio de Janeiro, mas é possível encomendar as peças pelo e-commerce da marca, que entrega para todo o Brasil. 

FRESCOR FASHION

A Comme des Garçons, marca do Rei Kawakubo, acaba de lançar seu mais novo perfume, o ZERO. A ótima surpresa fica por conta da campanha e do time envolvido. A marca escolheu o Brasil, mais precisamente o estado de Pernambuco, e um time de criativos brasileiros para assinar as imagens do editorial. Estrelada pelo artista Samuel de Sabóia, o vídeo e as fotos exploram o cenário do sertão referenciando entidades naturais e espirituais, dirigidos em parceria com a plataforma Vários Corres.

ACESSÓRIO MUSICAL 

O acessório queridinho das fashionistas no momento é o AirPods Max, da Apple, a versão sem fio e em tamanho maxi do fone de ouvido. Em cinco tons diferentes, o acessório garante o ar despojado, cool e esportivo que uma boa produção para o dia a dia merece. Entre as it’s que estão usando estão nomes como Dua Lipa, Bella Hadid e Camila Coutinho, a tendência é real e vale apostar! 

5 de junho de 2022

COLUNA WIL STYLE #62 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

 

Collab: Balenciaga + Adidas

A sempre subversiva grife Balenciaga anunciou uma icônica collab com a Adidas Originals durante o desfile que apresentou a coleção de primavera 2023. A surpresa também foi divulgada nas redes sociais, nos perfis das marcas, logo após o evento, que aconteceu em uma locação inusitada: o pregão de Nova York, no domingo (25). 

Na passarela, modelos com máscaras de látex desfilaram looks esportivos como conjuntos de agasalhos, shorts, moletom e minivestido que trouxeram uma fusão de suas identidades no logo. Na identidade visual, o icônico trevo da Adidas e suas três listras estavam acompanhadas com o monograma da Balenciaga, algo super tendência entre as colaborações de grifes de luxo.  A coleção estará disponível por apenas uma semana, o luxo acessível para poucos. 

A estética do desfile reproduzia a mesma linha que já havia sido impressa em Kim Kardashian no baile MET Gabia, essa veia tomou conta do pregão, com um exército de modelos de atitude intrigante em looks pretos, numa variação de tudo o que já vimos em coleções anteriores da marca, blusas de seda e ombros exagerados combinadas em saias lápis de couro, sobretudos acinturados sobre calças retas e amplas e calçados pesados. O desfile causou frisson entre os fashionistas.