COLUNA #83 LIFE STYLE – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE
REVOLUÇÃO FASHION
Em 2020, a Semana Fashion Revolution questionou a segurança dos trabalhadores da moda sob o contexto da pandemia que está mudando o mundo. O movimento abordou intensamente, do dia 20 a 26 de abril, os temas consumo, composição das roupas, condições de trabalho e ações coletivas. A programação, que ocorre simultaneamente em mais de cem países, foi totalmente digital e promoveu o debate sobre como podemos revolucionar a história da moda rumo a um setor mais transparente, ético e sustentável. Reflexões extremamente necessárias.
#EUAPOIOAMODANACIONAL
As redes sociais dos fashionistas foram inundadas por publicações com a hastag #EuApoioAModaNacional. O estilista Sandro Barros, por meio de seu ateliê lançou a campanha lembrando que a cadeia têxtil é a mais completa do Ocidente. “Temos desde a produção das fibras como plantação de algodão, até os desfiles de moda, passando por fiações, tecelagens, beneficiadores, confecções e forte varejo”, diz o texto publicado. De acordo com a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção), “O setor emprega direta ou indiretamente mais de 9,5 milhões de pessoas, 75% desse total são mulheres e é o segundo maior empregador da indústria de transformação”. O movimento foi aderido por toda a classe, muitas celebridades inclusive se posicionaram. Que bons ventos cheguem logo!
INDOOR STYLE
O isolamento social é uma medida extremamente necessária no atual cenário. Nesse contexto muita coisa mudou, as produções na atmosfera do street style estão temporariamente banidas do dicionário fashion. Deslocamentos aéreos excessivos não são mais bem vistos e o aerolook vai demorar a atrair curtidas, levando em conta também o caráter poluente da indústria da aviação. Sendo assim o guarda-roupa indoor está em evidência, roupas confortáveis e estilosas ganham a vez, até porque muitos trabalhos são feitos via home office ou videoconferência. O que não significa passar o dia de pijama e chinelos ou descalço.
(RE)PROGRAMAÇÃO
Não apenas os desfiles, mas toda a cadeia produtiva e de showrooms precisam ser repensadas. As empresas deverão investir em novas tecnologias de realidade aumentada para criar a sensação mais próxima de uma experiência ao vivo. Ao mesmo tempo, voltarão os antigos catálogos de amostras de tecido para facilitar a vida dos compradores. Os desfiles virtuais, feitos apenas para a internet crescerão, com direito a muitos efeitos especiais. Em 2020 estamos realmente entrando em uma nova era e as relações de consumo ganham formatos adequados a situação.
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