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RE(NOVA)ÇÃO DA MODA!

24 de setembro de 2021 | Por: Wilson Smith

As grandes transformações da moda vieram em decorrência de revoluções no campo social. A palavra moda vem do latim “modus” e significa costume, maneira ou comportamento. Para entender a sua influência é necessário voltar um pouco na história e fazer algumas associações: as guerras mundiais, a revolução francesa, a luta de classes, o feminismo… Inúmeros marcos históricos têm ligação direta com as modificações no vestuário, à exemplo o uso do jeans e as calças para mulheres, esses movimentos sociais estão ligados as formas como nos vestimos.

Moda é política! Toda vez que nos vestimos, levantamos um discurso e reafirmamos essa narrativa estética. Nesse contexto pandêmico nossa relação com o consumo foi bastante questionada, no entanto, o que parecia ser um momento de reflexão para consumir menos, pensar se realmente precisamos, se as peças que temos no armário são verdadeiramente necessárias já não é tão potente quanto no início da pandemia. Pelo contrário, com o avanço da vacinação e flexibilização dos decretos, o consumo volta ainda mais latente, fruto da ansiedade guardada por meses.

Estudiosos da moda apontam que a próxima revolução da moda não deve ser sobre novidades, e sim sobre repensar e ressignificar tudo que já existe, o conceito de “upcycling” fica em evidência, o que significa a prática de reaproveitar materiais já existentes, como: tecidos, aviamentos, roupas e várias outras coisas classificadas como ‘lixo’.

O mercado de segunda mão deve valer mais de 64 bilhões de dólares até 2024, no entanto, os consumidores ainda declaram que o principal motivo para comprar peças de segunda mão é o preço e não a contribuição para a saúde e diminuição da poluição no planeta. É nesse viés que precisamos fazer uma renovação do pensamento, já que essa consciência ainda não chegou às massas. Existe uma grande oportunidade comercial para que consumidores, marcas e varejistas fiquem ligados nessa virada de chave, e de fato ressignifiquem o consumo.

Hoje, a revenda de peças usadas está entrando no centro da moda, a nova revolução não é sobre parar de comprar peças novas, é sobre criar novas linhas de pensamento que respeitem a saúde do planeta, é sobre compensar a quantidade de lixo que geramos e reeducar o que é estar na moda. Essa mudança de consciência é a trend da vez!

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