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COLUNA WILL STYLE #161 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE
MODA
COLUNA WILL STYLE #160 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE
CULTURA
Tribuna Independente: 17 Anos de Liderança na Comunicação Alagoana
14 de agosto de 2022

COLUNA WIL STYLE #72 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

Beyoncé reúne referências icônicas na identidade visual de Renaissance, seu novo álbum!

3D FASHION

A capa do projeto recém-lançado, Renaissance, da Beyoncé traz  a diva pop com um cavalo brilhante e prateado, seu look foi desenvolvido pelo artista norte-americano Nusi Quero. Um nome em ascensão no cenário internacional pelo conceito de “arte vestível”, criada em impressoras 3D. O outfit usado por Beyoncé, pesa menos de 500 gramas e foi criado com elementos metálicos depois de um garimpo de diferentes objetos na Fashion District, em Los Angeles, evidenciando a sustentabilidade na moda.

NOVA GERAÇÃO  

A cantora aposta na inovação, incluindo em seu figurino jovens designers emergentes, voltando os olhos sobretudo para nomes femininos. Uma delas é a ucraniana Natalia Fedner, que tem uma proposta sustentável e vegana. Outra é a designer australiana Bethany Cordwell, que assina o body preto e branco de inspiração retrô. 

GAROTA DE GRIFE

Outro ponto importante dos figurinos do novo álbum é a intensa ligação com a Alta Costura: casas tradicionais da moda não ficaram atrás. A exemplo dos looks poderosos das grifes: Schiaparelli, Dolce & Gabbana, Gucci e Mugler.

MAIS, É MAIS! 

Maximalismo está presente na estética do álbum, nos looks é possível ver excesso de materiais, texturas e volume representado nas rendas e penas que valorizam o shape, tridimensionalidade também é um ponto que se repete nas produções.

24 de outubro de 2021

MODA NÃO-BINÁRIA: SE DESPINDO DE CONCEITOS ANTIGOS!

O ator, cantor e cineasta norte-americano Billy Porter virou um dos assuntos mais comentados dos últimos dias devido à uma entrevista publicada pelo Sunday Times onde criticou a escolha de Harry Styles como o primeiro homem a usar um vestido na capa da icônica Vogue americana. A fala de Billy carrega consigo um verdadeiro grito político sobre a temática da moda não-binária, onde elementos tidos como masculino e feminino dialogam na mesma composição, transcendendo as regras de como cada pessoa deve se vestir.

O descontentamento de Billy se deve ao fato de não ter sido reconhecido como a pessoa que iniciou o movimento. Por ser um forte representante não só da cultura negra, mas também dos direitos LGBTQIA+ e tudo que é ligado as pautas de liberdade de gênero, ocupar essa posição vai além da moda, vem de uma trajetória de luta e conquistas por ser negro e gay em Hollywood. “Isso é política para mim. Esta é minha vida. Tive de lutar minha vida inteira para chegar ao lugar onde pudesse usar um vestido para o Oscar e não ser morto”, afirmou o ator. “Sinto que a indústria da moda me aceitou porque foi obrigada”, continuou. “Não estou necessariamente convencido e aqui está o porquê: eu criei a conversa (sobre moda não-binária) e ainda assim a Vogue ainda colocou Harry Styles, um homem branco heterossexual, em um vestido em sua capa pela primeira vez”, explicou.

Não é nem um demérito ao trabalho do Harry, a questão se volta para a relevância da ocupação desse espaço para um nome com vivências e representatividade. Pois, é incontestável a expressividade, trajetória e legado que Billy tem sobre a temática, uma vez que é frequentemente visto em premiações usando peças femininas e masculinas em conjunto, além de levantar a discussão da moda não-binária também em seu trabalho. No filme Cindelella, lançado este ano e estrelado por Camila Cabello, Billy interpreta a fada madrinha FabG, uma personagem não-binária.

O ator é, também, um símbolo de coragem, especialmente para a comunidade LGBTQ+. Em maio de 2021, revelou ser HIV positivo desde 2007, mantinha o segredo com medo de ser marginalizado, ainda segundo o Splash UOL. Em 2020, Billy também dividiu outros detalhes de sua vida antes de estrelar a série Pose, como o assédio que sofreu por parte do padrasto entre sete e doze anos, além de ter se revelado gay no meio da crise da AIDS: “Não houve um momento que eu não vivesse em trauma”, disse. Aqui deixamos todo nosso apoio ao Billy e a tudo que ele representa.

Trazendo um recorte histórico para a questão do binarismo de gênero na moda, essa temática foi selada no período industrial. Quando homens começaram a usar ternos e as mulheres vestidos. Essas diferenças nas roupas vieram para simbolizar o que era tido como masculino e feminino, nesse cenário inúmeros marcos atravessaram esse movimento, a frase célebre de Jean Paul Gaultier: “Eu não acredito que tecidos tenham gênero”, a linha de pensamento é uma excelente maneira incitar o desprendimento das relações da roupa com o gênero.

Que sejamos a desconstrução e mudança!

11 de outubro de 2021

COLUNA WIL STYLE #32 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

Confira os destaques da Semana de Moda de Paris.

DIOR

Os comprimentos mínis dominaram o desfile da Dior, principalmente em versão color block. Tudo combinando com o cenário super lúdico assinado pela artista italiana Anna Paparatti, inspirado no Piper Club de Roma. Muita alfaiataria com cortes retos, bainhas mais altas e mangas ¾ marcaram a coleção. As peças foram equilibradas junto ao styling com joias retrô. Vestidos com corte trapézio em tons fluorescentes, laços enormes e jaquetas estruturadas compõe a coleção primavera-verão 2022, que é uma verdadeira explosão de alto astral.

SAINT LAURENT

Após um tempo fora da semana de moda a Saint Laurent retorna às passarelas em solo francês. A grife desfilou tendo como plano de fundo a Torre Eiffel, em Paris. Silhuetas inspiradas nos anos 60 marcaram os lançamentos, tudo em um mood high-low, misturava elementos de mundos diferentes, como masculino e feminino, luxuoso e ordinário. Outro destaque que chamou a atenção dos telespectadores foram os truques de styling compostos por luvas coloridas e bolsas cluch posicionadas na cintura das modelos.

BALMAIN

Em tom festivo, Olivier Rousteing comemorou uma década como diretor criativo da Balmain em um verdadeiro festival fashion. Olivier é um dos poucos criadores negros nesse cenário das grandes grifes, e nesses anos já tem registrado um legado imensurável. A coleção desfilada no Paris Fashion Week teve mood de show de rock e resgatou as supermodelos para as passarelas. Naomi Campbell e Carla Bruni riscaram a catwalk com modelos icônicos revisitados dos arquivos da casa. O desfile também foi marcado por uma narração da Beyoncé, homenageando o designer. Preto e branco, sensualidade, bordados e texturas proporcionadas por cordas deram o tom.

CHANEL

Pela primeira vez em décadas, A Chanel organizou seu o show no Grand Palais Éphémère, projetada pelo arquiteto Jean-Michel Wilmotte. Glamour inspira Virginie Viard nesta temporada da retomada. O otimismo no uso e abuso de soluções sexy inspiradas no futurismo 60’s, na liberdade 70’s, no rock 80’s e nas supermodels 90’s estão condensados nos desejáveis 71 looks. As bijoux em resina e cristais ganham arremate do famoso logo, que aliás está por toda parte.

15 de agosto de 2021

COLUNA WIL STYLE #25 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

HIT AROMÁTICO
A nova fragrância, Egeo Hit&Beat, do Boticário entrou no mundo do funk, se unindo ao Kondzilla. Com o nome de #RevoadaDoEgeo, a marca traz celebridades como Pocah, MC Rebecca, Jojo Todynho e Gkay dançando ao som da música “Só Lazer”, de Lexa e Kevinho, e lançando um convite em suas redes sociais para quem quiser aderir ao movimento e aparecer em um clipe extraoficial dos artistas. A música já tem uma coreografia no TikTok, as dancinhas são o hit da vez. Todos os posts com a hashtag #RevoadaDoEgeo estão sendo compilados no site revoadadoegeo.com.br, que ficará no ar até 29 de agosto. Ações em collab no ambiente digital são super cool!

COLLAB BFF
Amigas desde a infância, a atriz Bruna Marquezine e a modelo Sasha Meneghel acabam de lançar a coleção BFF com a C&A. Com duas linhas distintas, cada uma representa o estilo da dupla. A coleção de Bruna Marquezine conta com referências escolhidas pela atriz, com peças mais ajustadas ao corpo, recortes, drapeados e amarrações. Já a linha de Sasha Meneghel traduz o estilo atemporal da modelo, com peças sóbrias, estampas xadrez, cores neutras e diferentes tons de jeans. As peças estão sendo bem aceitas pelas fashionistas!

IT MODEL
A modelo britânica Nyauethriam está fazendo sucesso na moda. Nascida em Londres, a modelo estampa a edição de agosto da Vogue. A new face é a sexta filha de um casal que migrou do Sudão do Sul para a Inglaterra pouco antes de seu nascimento. Formada em teatro, a bela começou a fazer trabalhos como modelo há cinco anos. Para o futuro, segue com desejos ambiciosos e pautados por muita inclusão: “A moda que eu sonho já está acontecendo. Acontece quando vejo pessoas negras exercendo funções variadas na indústria”, esse sonho da top também é compartilhado pela nossa coluna.

DIVA
A internet repercutiu muito as novas imagens da diva Beyoncé na capa da revista Harper’s Bazaar. Essa ação veio também para divulgar a nova coleção da sua marca IVY PARK em colaboração com a Adidas. A edição de setembro das publicações de moda é a mais importante do ano. Beyoncé apareceu com produções super elaboradas em fotos icônicas. Além do editorial, Beyoncé que está prestes a completar 40 anos, concedeu uma entrevista sobre sua vida, carreira e planos para o futuro, incluindo músicas novas e ações na moda.

27 de junho de 2021

COLUNA WIL STYLE #18 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

A moda sempre foi movida por muita informação, então nada melhor do que se atualizar sobre as últimas publicações. Fizemos uma curadoria de conteúdos que valem a leitura!

PÁGINAS FLORIDAS

Símbolo de graça, amor e feminilidade, a rosa é uma inspiração fundamental para a maison Dior, que a celebra na exposição “Dior e Rosas”, realizada no Museu Christian Dior de Granville, até 31 de outubro de 2021. Paralelamente a este evento, um livro excepcional de mesmo nome será publicado pela Rizzoli New York, a obra explora as muitas facetas desta rainha das flores. A história da flor na Dior traça muitas narrativas por meio das criações de Christian Dior e seus sucessores.

INSPIRAÇÃO LITERÁRIA

A nova coleção da Pace, Family Commerce, foi inspirada pelo livro de dona Reiko, a avó do criador e Diretor Criativo da marca, Felipe Matayoshi. O livro retrata a história dos 40 anos de uma cooperativa chamada ‘‘Centro – Leste”, que narra o começo da organização quando cultivava “Satoukibi” (cana de açúcar). O livro é repleto de fotos dos funcionários com suas vestimentas dos anos 80. Essas fotos e diagramação do livro serviram como base de pesquisa para formular a coleção.

REGISTROS

Nesta semana, a Gucci publicou seu primeiro relatório de impacto socioambiental. Com o resultado dos últimos anos da grife, o Relatório de Impacto Equilibrium da Gucci foi elaborado para resumir os compromissos, o progresso é mensurar as ações tomadas pela marca para gerar mudanças positivas para as pessoas e o planeta. Essa apuração tem o intuito de compensar o impacto socioambiental da grife. O relatório é dividido em dois pilares principais: o de pessoas, que mede o impacto social e o de planeta, mais focado no ambiental e ecológico. A versão digital está no site da Gucci Equilibrium.

MEMÓRIA FASHION

Elsa foi uma estilista genial e a mais excêntrica da sua época. Fez colaborações com ninguém menos que Salvador Dalí e acreditava que a moda não podia estar desvinculada da arte. Foi considerada a grande rival da Coco Chanel. Schiaparelli fazia modelos surrealistas e exóticos. Essa obra te transporta para uma outra era, em que a estilista fez seu primeiro desfile em 1929 e traz um conhecimento muito rico. Conhecer o universo dos grandes criadores de moda é essencial para quem gosta da área.

24 de junho de 2021

COLUNA WIL STYLE #17 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

PARA ALÉM DAS ROUPAS!

Trazer as novidades do mundo fashion sempre moveu as edições da nossa coluna, e a cada conteúdo queremos evidenciar que a moda tem uma extrema importância em nossa sociedade. Nesse cenário de muitas possiblidades que a área tem, a relação entre moda e imagem caminham lado a lado, a roupa comunica e diz muito sobre nós. Podemos compreender que o vestuário pode ser definido como a fusão entre estética e técnica, ou seja, a sintonia entre as ideias do designer com a execução da produção, onde um não existe sem o outro.

No entanto, a cada estação as coleções ganham novas peças geradas pelas ondas das tendências, em um processo de mutação e reciclagem que comunica através dos signos, – que nesse âmbito seriam as roupas, sapatos, acessórios, cabelos, maquiagens e cores -, que unidos formam uma linguagem visual. Precisamos ficar atentos se o desejo para aquisição de novas peças realmente é algo que queremos ou apenas movido por estímulos externos. Essa construção da imagem é um verdadeiro espelho de mudanças, pois proporciona reflexos em diversos aspectos, sejam eles sociais, culturais ou econômicos.

Vivemos em uma sociedade extremamente visual, que se utiliza bastante da linguagem dominada pela imagem, por estereótipos de beleza, pela renovação de estilos, e pelo consumo de peças que estão em evidência. Toda essa junção traz à tona o dilema: ter versus ser. Nossas escolhas muitas vezes são movidas pelo frisson midiático dos veículos de massa e também pelo bombardeio de informações, influenciado por vozes que muitas vezes não nos representam.

Nessa edição flertamos com esse diálogo entre a Semiótica* e a Moda, ciente de que é necessário especificar qual aspecto se pretende abordar quando tratamos de áreas tão abrangentes. Mas, o intuito é indagar se realmente as escolhas que fazemos, se a imagem que projetamos através das nossas escolhas refletem com o que realmente somos. “Sendo a moda símbolo na essência, parece certo afirmar que à ela se aplica perfeitamente transferência de significados, onde tudo comunica, sendo assim, o vestuário é comunicação.” (MIRANDA, e GARCIA, 2003). Afinal, estamos projetando uma imagem que realmente condiz com quem somos?!

*Semiótica é o estudo dos signos, que consistem em todos os elementos que representam algum significado e sentido para o ser humano, abrangendo as linguagens verbais e não-verbais. Desta forma, estuda como o indivíduo atribui significado a tudo o que está ao seu redor.
14 de maio de 2021

COLUNA WIL STYLE #12 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

NOVIDADE FASHION:

Conheça a In The Bend, marca de acessórios capitaneada por Rafael Vasconcelos e Ted Arlen

O SURGIMENTO

O alagoano Rafael Vasconcelos e o baiano Ted Arlen são os idealizadores da marca In The Bend, ambos tinham o sonho de construir algo que tivesse o DNA dos dois em cada detalhe. O cenário pandêmico, cheio de incertezas, ativou a inquietude criativa da dupla para novas possibilidades.  Ted pegou algumas peças em prata e sugeriu que Rafael vendesse, ele aceitou o desafio e com a expertise acumulada durante anos no varejo de moda conseguiu escoar todo estoque, não demorou muito para que fizessem novos pedidos e assim nasceu a In The Bend. “Aos poucos fomos aprendendo mais sobre esse universo que estávamos entrando, nos estruturando e hoje criamos uma home loja aconchegante e também, além do Instagram, investimos em um site para poder chegar em todos os cantos do Brasil”, reforçou os novos empreendedores.

SOBRE O NOME

Ao iniciar o negócio os gestores queriam um nome moderno, jovem e que fosse fora da curva. E foi justamente nesse mote que surgiu o nome In the bend – Na Curva.

A CURADORIA

Se posicionando como uma marca “na curva” da moda. Rafael e Ted não seguem apenas uma tendência, mas várias. Ficam ligados em itens de diversos estilos. Dentro deste universo misto a In The Bend também cria produtos próprios, como a coleção Naturalmente – peças em Prata925 e pedras naturais, além de semijoias e peças em aço, sem contar alguns acessórios artesanais, que aos poucos estão entrando no mix de produtos.

ESTRELAS DA TEMPORADA

Os sócios nos contaram que para um homem mais clássico o Colar Quadrado ITB é uma peça chave que, apesar de discreto, sempre dá um toque no look.  Para os que se identificam mais com um estilo urbano o aço pode ser uma boa para esse outono-inverno’21. A dica fica para os colares com pingentes geométricos, como o Cubo ou Quadrado e Triângulo. Já para os mais ousados, que não têm medo de mostrar para que veio, o inverno tem um toque glam – vale investir no brilho, abusando das pedras – as zircônias estão cada vez mais em alta pelo seu brilho próximo ao de um diamante, e seu custo acessível.

ONDE ENCONTAR

A In the bend pode chegar até vocês através do Instagram (@inthebend.brasil) e também do site: www.inthebend.com.br. “Fica o convite a todos os alagoanos para nos acompanharem através das redes, mandarem mensagens, sugestões e comprar também! Saiam da Curva e valorizem ainda mais seu próprio estilo com a In the bend!”, finalizam.

1 de março de 2021

COLUNA WIL STYLE #03 – JORNAL TRIBUNA INDEPENDENTE

POWER

Para o lançamento da terceira edição da collab adidas x IVY PARK, adidas e o coletivo BATEKOO, parceiro da marca e importante peça no movimento LGBTQIA+ e negro no Brasil, produziram um ensaio especial para trazer uma releitura brasileira aos looks da coleção ICY PARK. As fotos ficaram incríveis e são um celebração fashion da diversidade, pluralidade de corpos e, especialmente, uma visão própria de moda mais inclusiva.

REPRESENTATIVIDADE

Natural de Tamboril, no sertão do Ceará, Kayla Oliveira (JOY Model) acaba de mudar-se para São Paulo, onde desponta entre a nova geração de apostas da moda brasileira. Aos 25 anos, a top chega para agregar ao time de modelos transgêneros do Brasil, que tem trazido representatividade ao mercado fashion e quebrando importantes barreiras. Desejamos que esse movimento seja continuo e crescente.

ONDA FASHION

A proposta do Kidcore oferece um lifestyle com direito a todas as cores do arco-íris em suas roupas e acessórios, além de estampas fofas que carregam fortes referências em personagens e brinquedos que marcaram as décadas de 90 e 2000, como o Piu-Piu da Warner Bros, por exemplo. A nova tendência é super colorida, que traz um conceito até mais “infantil”. Os maiores responsáveis por trazer esta onda novamente são os jovens da geração Z, que, por meio de seus vídeos no TikTok, expandiram a essa aposta pelo mundo outra vez.

PERFUME POP

Lady Gaga acaba de acrescentar mais um highlight à sua impressionante carreira: embaixadora de Voce Viva, o novo perfume da Maison Valentino. “Ela é o ícone de uma geração. A sua mensagem de liberdade, paixão pela arte, autoconsciência e igualdade é a mesma que a nossa comunidade Valentino representa. Estou muito orgulhoso por tê-la connosco.”, reforçou Pierpaolo Piccioli, diretor criativo da Maison, em comunicado para imprensa. A fragrância já tem uma pré-venda recorde.

22 de fevereiro de 2021

New store: A loja virtual Wil Style surge como opção de roupas alternativas para os it boys alagoanos

A loja virtual Wil Style foi lançada em outubro de 2020, mês em que o CEO, Wilson Smith, faz aniversário. O negócio ganhou vida em um ano bastante conturbado, diante do cenário de pandemia global do coronavírus. Mas, foi justamente esse contexto que aqueceu o cenário das vendas online. Com compradores potenciais sem poder transitar entre as lojas físicas, Wil viu que poderia oferecer peças através de um catálogo digital para sua rede escolher virtualmente as roupas, finalizar as compras e receber tudo em casa, no melhor mood delivery fashion.

Wilson juntou sua bagagem de jornalista, produtor de moda e blogger, além de uma boa dose de ousadia, para montar o e-commerce que vem despertando atenção do público local. Um dos diferencias da loja está em sua curadoria, que inclui peças com um DNA marcante, sempre em sintonia com as tendências e que ao mesmo tempo oferece opções coringas para criar inúmeras composições. “A moda e o universo da criação sempre estiveram muito latentes em minha vida. E foram esses movimentos – intensos e fluidos – que levaram para o desenvolvimento da @wilstyleoficial, minha loja virtual é um espaço de troca, carinho e acolhimento. Por lá vendo roupas que não vestem apenas o corpo, mas sim a essência! O sentimento de liberdade e de poder ser quem você quiser, é um dos pilares. Seguimos trilhando nossa trajetória pautada por muito esforço e dedicação”, declarou o jovem empreendedor.

Wil vem construindo uma cartela fiel de clientes que seguem consumindo suas sugestões de styling. O foco da loja nesse primeiro momento é direcionado para o público masculino, mas como roupa não tem gênero as peças podem transitar pelos closets de quem se identificar com o produto. As golas altas são peças que marcaram o lançamento da loja, assim como os modelos de calças jogger e agora no verão’21 os quimonos chegaram com tudo. Wil nos conta que a loja virtual nasceu do amor que tem por moda sem rótulos, e que sua intenção é maximizar a essência dos seus clientes, seja em propostas básicas ou fashionistas.

Para comprar basta acessar o endereço online no Instagram @wilstyleoficial e falar pelo direct ou WhatsApp para fechar o pedido. O mix de produtos é composto por roupas modernas, descomplicadas e cheias de personalidade que podem ser enviados para todo Brasil. A empresa também está trabalhando para aliar a qualidade das peças à preços justos. Todo material fotográfico é assinado por Roger Silva (IG @rogersilvaensaios), que tem um olhar refinado para expor os lançamentos. Wil também credita ao fotografo o posto de maior incentivador do projeto.

Fotos: Roger Silva | Modelo: Danyllo Gonçalves

O empreendedor conta que os desafios dessa trajetória são muitos e constantes, mas que o feedback positivo dos clientes o impulsiona a cada dia. “Nossas peças vão embalar seus melhores momentos, seja nos rolês urbanos ou nos passeios com direito à pé na areia e brisa do mar. Seja-bem vindo a Wil Style!”, finaliza com esse convite. Desejamos vida longa para a Wil Style!

 

26 de dezembro de 2020

Tramas e pontos que atravessam gerações: Povoado ribeirinho Entremontes, do Sertão alagoano, mantém viva a tradição dos bordados. Um panorama sobre o legado histórico e artístico dos trabalhos manuais que estão sendo transmitidos para a nova safra de entremontenses.

Produção Wilson Smith e Janny Araújo

O povoado Entremontes fica localizado às margens do rio São Francisco, voltado para a direção oeste do centro histórico no município de Piranhas em Alagoas. A região possui 600 habitantes (eleitores registrados), mas a população total gira em torno de mil pessoas e tem como maiores atividades trabalhos manuais, a pesca e a agricultura de subsistência. O ar bucólico do povoado, cercado pela natureza quase intocada é o berço onde grande porção dos ribeirinhos tem as mãos como ferramentas para confeccionarem os tradicionais bordados alagoanos, que são patrimônios imateriais do Estado.

O povoamento de Entremontes faz jus ao nome, de longe pode ser avistado entre montes à beira do rio São Francisco. Os casarões antigos e coloridos, sempre tem moradores sentados à porta realizando o ofício artesanal, mantendo as tradições que são passadas entre gerações, confeccionando uma das mais belas rendas do interior de Alagoas, o redendê e boa-noite. O Blog do Wil foi em busca para conhecer mais sobre esse trabalho delicado, minucioso e único que nasce pelas mãos de bisavós às netas entremontenses, uma troca de saber ancestral muito latente.

Uma porção das bordadeiras participam de uma associação de rendeiras e as criações feitas em Entremontes atualmente são exportadas para outros países. Nas próprias casas a sala principal é transformada em loja e os visitantes podem conhecer a diversidade das costuras, além de ver de perto como são fabricadas as confecções.

Embora seja um lugar pequeno, há muitas histórias que atraem turistas de diversas regiões. Entre as narrativas que são reverberadas pelos moradores, os destaques são a passagem de D. Pedro II e o fato da região compor a rota turística do Cangaço, espaços que Lampião e seu bando transitaram, que compreende também os municípios de Poço Redondo (SE), Canindé do São Francisco (SE) e Delmiro Gouveia (AL).

A cidade resguarda fatos históricos e que os moradores se orgulham em contar para quem chega, como a passagem do Imperador D. Pedro II, que foi à Província de Alagoas para conhecer a cachoeira de Paulo Afonso,  “Ao passar pelas redondezas a bordo de um vapor teria perguntado, que lugar era aquele que ficava entre os montes. A partir da pergunta do Imperador, nossa vila passou a se chamar Entremontes”, conta dona Lourdes – cidadã ilustre –  enquanto separa as linhas para a tarde de bordados. Em uma caminhada já nos deparamos com outros acréscimos nos relatos dos moradores, mas para além das conversas, a arte manual é sempre o que emoldura as histórias.

Vale visitar o vilarejo típico do Baixo São Francisco, a cada encontro com os moradores mais se tem contato com a essência de um povo talentoso e que consegue fazer trabalhos manuais de extrema delicadeza. Cangaço, Lampião, D. Pedro II, bordadeiras e pescadores formam um compilado criativo de histórias e experiências estéticas.

A maior porção da população adulta tem um nível de escolaridade que vai até o ensino fundamental I completo (até o quinto ano), o índice de analfabetismo chega aos 35%. Já os mais jovens estão vivendo um momento de maiores oportunidades e inseridos na escola já na primeira infância. Uma população forte, que resiste e segue em constante processo criativo. Há ainda algumas ações de entidades, institutos e ONGs não governamentais em geral, como: ArtSol e IPTI (Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação) voltadas para o artesanato que estão encorpando esse movimento artístico e trazendo o olhar da valorização para os criadores locais. O PAB (Programa do Artesanato Brasileiro do Sebrae).

No entanto, essas ações são sempre focadas na associação ou na cooperativa local, o que nem sempre atinge todo grupo de bordadeiras do povoado, contemplando somente as artesãs associadas, que não representam um terço da população de mulheres que lidam com esse ofício. A atual gestão do Governo de Alagoas tem trabalhado com o programa Alagoas Feito à Mão que está começando a reverberar no povoado.

Sobre a união com a nova geração de criadores

Alagoas é uma terra fértil para mentes criativas, e nessa nova safra de talentos o jovem estilista Antonio Castro vem se destacando pela expertise em dar ar contemporâneo ao artesanato. O interesse por moda chegou cedo para Antonio, por volta dos 15 anos ele já desenvolvia um projeto independente em conjunto com amigos para expressar suas ideias dentro desse cenário criativo.

Sempre aplicado em todas as suas atividades, não demorou muito para enxergar nessas ações um caminho para seu desenvolvimento profissional. Ainda em Maceió fez alguns cursos na área, e em 2014 foi para São Paulo cursar Design de Moda pelo Centro Universitário Senac, atualmente está fazendo pós-graduação em Empreendedorismo e Gestão pela PUC Paraná.

Entre suas experiências profissionais estão o estágio no ateliê da Fernanda Yamamoto, que aconteceu durante a finalização da coleção Histórias Rendadas, desenvolvida junto às artesãs rendeiras da técnica de renda renascença do cariri paraibano, essa vivência só o conectou ainda mais com o processo do fazer manual e também deu uma visão mais ampla do processo de construção de uma coleção e desfile dentro de uma marca de peso.

A produção manual sempre foi muito presente nos trabalhos que levam sua assinatura: “Logo após a graduação (2018), entendi que minha prioridade não era mais a moda e sim o artesanato, independente da mídia ou do veículo pelo qual ele se manifestasse”, reforçou para o Suplemento. Antonio trabalhou com Zizi Carderari no Estúdio Avelós, marca de produtos têxteis feitos em tear manual para casa, e no Projeto Sertões, onde permaneceu até o final de 2019.

Atualmente, aos 25 anos, dedica-se ao cargo de designer de produto na ONG ArteSol, atuando no desenvolvimento de peças de decoração e uso pessoal junto a grupos de artesãos tradicionais em diversas partes do Brasil. E seu mais recente projeto é a marca autoral Foz, um trabalho sensível em cada detalhe e que revela no processo a verdadeira essência da produção artesanal, as peças são produzidas pelas mãos de moradores entremontenses.

A marca Foz nasce como uma manifestação do que o jovem acredita ser relevante para a produção de moda no Brasil contemporâneo, aliada ao coletivo, desenvolvida por muitas mãos e mentes que pensam e constroem uma narrativa popular, local e mestiça. É a consumação de duas paixões que até então conviviam em paralelo para o designer, a moda e o artesanato, que agora finalmente se encontram e misturam, criando possibilidades híbridas. O projeto surge como uma possibilidade de conectar diferentes gerações e amplificar o trabalho das artesãs, bem como trazer recursos para manutenção desses ofícios através de outras possibilidades de produtos. E esse olhar moderno, acaba impulsionando outros jovens da cidade e assim aquecendo toda rede. Mantendo a transmissão dos conhecimentos sempre acesa.

A marca é uma ideia que vem em formação dentro de Castro desde seu primeiro contato com o povoado de Entremontes. Ainda lá em 2016, numa pesquisa de possibilidades do que poderia trabalhar no TCC, ele entendeu que esse poderia ser um projeto construído por muitas mãos e que falasse do potencial têxtil que Alagoas guarda trazendo isso para um contexto de moda. Na época esteve no povoado apenas como turista, para conhecer o ofício dessas mulheres que mantêm viva a técnica do redendê na margem do Rio São Francisco, foi o primeiro contato que teve com esse trabalho que posteriormente se tornou parte da sua coleção de graduação, acompanhado de outras parcerias com grupos produtivos alagoanos também localizados na região ribeirinha. “Foz na verdade é apenas o entendimento desse processo que levou algum tempo para amadurecer e a externalização de uma relação de amizade que se enraizou com as artesãs entremontenses, em especial com Dona Lourdes, que lidera o grupo de bordadeiras envolvidas na nossa ação. Vejo esse projeto como um tributo ao vínculo que criamos ao longo dos anos, o que acredito ser também a essência de todo trabalho feito ao lado de artesãos, que para ser genuíno requer afeto.” nos conta Antonio.

A marca tem diferenciais que têm trazido bons frutos para população, e o desenvolvimento das ações está sendo pautado por entender a possibilidade do artesanato têxtil brasileiro como matéria prima para a criação do vestuário e que a questão é ainda um processo que engatinha no fazer de moda do Brasil. Atualmente é impossível pensar em uma iniciativa comercial que não esteja alinhada aos pilares sustentáveis e aos ideais de mercado justo. A nova geração vem de um contexto onde essas são questões já intrínsecas ao trabalho, especialmente em iniciativas que envolvem a mão de obra artesã, sem perder o foco no objetivo de trabalhar de forma justa, respeitando os limites de cada profissional envolvido na cadeia e se mantendo atentos aos impactos que causamos no nosso entorno.

Enquanto produto, a Foz surge de uma peça específica, a bolsa Lourdes. Feita em compensado flexível de madeira que emoldura a peça de bordado boa-noite sobre tecido de seda feito em tear manual, foi a peça de cunho mais comercial da coleção e que acabou ganhando 2º lugar no Prêmio do Objeto Brasileiro promovido pelo Museu A Casa. A bolsa Lourdes volta em nova versão na primeira coleção da Foz, agora confeccionada em couro caprino de tratamento natural (livre de metais pesados) e 100% costurada à mão, através da técnica de selaria artesanal, além de claro, emoldurar o bordado boa-noite agora feito em linho e tingido nas cores da caatinga.

Junto do acessório, a primeira produção conta com um modelo de camisa e camisa-vestido, ambos feitos em linho com algodão e tingidos numa cartela de cores extraídas de cascas das árvores caatingueiras, além da estampa exclusiva assinada pela artista alagoana Juline Lobão, inspirada nas formas geométricas que se cruzam entre arquitetura e bordado. Em todo processo manual um grupo de artesãos trabalham e constroem coletivamente peças que são carregadas de saber popular, em uma leitura moderna que pode ser absorvida em grandes centros urbanos dentro e fora do país, gerando oportunidades de emprego, continuidade do legado manual e atraindo novos jovens para agregar à essa rede.

A moda e o design sempre vieram de um lugar de exaltação à genialidade do criador, o que na maioria das vezes implica num produto difícil ou excludente. Aos poucos percebemos a evolução desse pensamento para um lugar mais coletivo e consciente que entenda o uso dessas ferramentas como geradoras de impacto econômico e social. Isso se volta à inspiração do que é ser popular, é poder ser compreendido e usado. Esse pode ser também um dos fatores pelo qual não tenho interesse instantâneo em trabalhar com diversos grupos Brasil afora, talvez seja pensar um pouco em micro política e no impacto que essas iniciativas podem causar a longo prazo. Desenvolver um trabalho perene com um grupo específico num produto possível faz a roda girar e mantém essa pequena cadeia em movimento, com os artesãos recebendo encomendas e essa arte sendo propagada.

Sobre as inspirações, Antonio expõe: “Acho que sou muito curioso sobre tudo, e realmente acredito que criatividade nada mais é do que disciplina e repertório, então sempre tento me manter poroso, especialmente a estímulos visuais que possam vir de qualquer parte. O que mais me fascina são as manifestações populares, não só falando em folclore, mas de qualquer vertente ou segmento, sou adepto da beleza ordinária, interiorana, escondida nas brechas e cantos, gosto do que é natural, simples, sem esforço, que não foi muito pensado mas existe porque é inerente à vida daquele lugar. O trabalho das bordadeiras entremontenses merecem posição de destaque e todo protagonismo, poder ser condutor dessa rede, disseminar para outros jovens é perpetuar histórias, é espalhar pelo mundo não roupas, mas obras de arte que vestem o corpo e a alma”, conclui emocionado por saber que compõe essa trama cheia de história.

Nesse sentido, é interessante trazer a luz sobre essa percepção sistêmica da técnica artesanal como metástase, que não reconhece fronteiras e territorialidade. O bordado boa-noite não existe só na Ilha do Ferro e o redendê não só em Entremontes. Essas técnicas são mistas, miscigenadas, viajaram milhares de quilômetros até chegarem aqui e continuam viajando pelos caminhos do Sertão através das mãos das mulheres que as realizam. O trabalho é entender essa coexistência de tipologias e a possibilidade de criar novos diálogos a partir da hibridização delas, chegar a novos lugares e composições usando o conhecimento que essas artesãs detém e que é tão rico, e que deve ser perpetuado pelas novas gerações.